DIAGNÓSTICO MOLECULAR DO MYCOPLASMA E UREAPLASMA
Instruções para paciente
O que é: trata-se de uma pesquisa através de biologia molecular do material genético (RNA/DNA) de 3 patógenos, Mycoplasma genitalium, Mycoplasma Hominis e Ureaplasma parvum/urealyticum.O Mycoplasma genitalium é uma bactéria do gênero Mycoplasma que está associado à uretrite não-gonocócica no homem e várias sindromes inflamatórias no trato genital feminino tais como cervicite, doença inflamatória aguda e até infertilidade. Mycoplasma hominis tem sido identificado como agente de doença inflamatória pélvica, endometrite, salpingite, bacteremia após aborto ou no puerpério. Além de agente causador de uretrite, o M. genitalium tem sido implicado em uretrite crônica, doença inflamatória pélvica e doenças articulares. Embora o M. hominis também possa ser encontrado no trato urogenital de pacientes saudáveis, tem sido cada vez mais implicado na patogênese de infecções urogenitais. Estudos experimentais e clínicos associam o M. hominis com pielonefrite aguda, estando presente em até 10% dos casos. Possui forte associação com vaginose bacteriana, estando presente em 2/3 dos caso. Da mesma forma, diversos estudos o correlacionam com doença inflamatória pélvica e febre puerperal. Mycoplasmas causam infecções do trato genitourinário, por vezes de difícil diagnóstico. O diagnóstico das infecções urogenitais por Mycoplasma é difícil, uma vez que podem estar presentes como flora comensal no trato reprodutivo de indivíduos assintomáticos ou em pacientes com sintomas inespecíficos. O exame é indicado para diagnóstico de infecções do trato gênito-urinário em ambos os sexos.
Ureaplasmas são membros da família Mycoplasmataceae, e possuem duas espécies: U. parvum e U. urealyticum, os menores organismos de vida livre conhecidos. A principal síndrome associada a infecção por Ureaplasma é a uretrite não-gonocócica (UNG). A maioria dos casos de UNG é causada pela C. trachomatis, sendo o U. urealyticum responsável por 20 a 30% dos casos restantes. A Ureaplasma urealyticum não é uma doença sexualmente transmissível muito conhecida, porém, 70% dos homens e mulheres são diagnosticados com ela. A bactéria causa infeção no trato genital causando uma doença sexualmente transmissível (DST) e é contraída por contato sexual, genital ou oral. No entanto, pode ser passada para um recém-nascido pela mãe durante o parto podendo ocasionar consequências severas. Estima-se que uma grande percentagem da população sexualmente ativa está infetada com a Ureaplasma urealyticum sem que esta cause qualquer tipo de problema. Quando se regista uma expansão rápida da colonização de Ureaplasma urealyticum, pode ocorrer sintomas de uretrite, tais como dor durante a passagem de urina, vermelhidão e inflamação em volta da área infetada e corrimento genital fora do comum. Em mulheres, pode levar a complicações como salpingite, endometrite e corioamnionite. Prostatite e epididimite tem sido associadas a este agente em homens. Está associado com inflamação, parto prematuro, septicemia, meningite e pneumonia no recém-nascido. Em pacientes imunocomprometidos, U.urealyticum tem sido associado com artrite, osteomielite, pericardite e doença pulmonar progressiva.
O que detecta: detecta o material genético dos patógenos Mycoplasma genitalium, Mycoplasma Hominis e Ureaplasma parvum/urealyticum na amostra biológica do paciente.
Qual a previsão de liberação: convênio e particular no máximo 3 dias, a partir do momento da coleta.
INSTRUÇÕES PARA COLETA:
- Permanecer no mínimo 8 horas sem higiene local para coleta peniana, anal ou genitália externa feminina;
- Se coleta uretral, permanecer 4 horas sem urinar;
- Não estar menstruada;
- Aguardar 48 horas após o término da menstruação para realizar a coleta.
Nas 72 horas que antecedem a coleta:
- Não fazer exame digital (toque) ou assepsia endovaginal;
- Manter abstinência sexual, com ou sem uso de preservativos;
- Não usar creme/óvulo vaginal, ducha ou realizar lavagem interna (endovaginal);
- Não fazer ultrassom transvaginal ou colposcopia; Caso pretenda realizar colposcopia, fazer a coleta da citologia líquida antes da aplicação do ácido acético ou iodo;
- Não fazer peniscopia.